Amor e rotina
Depois do fim de semana conturbado, a TPM passou e as coisas voltaram ao normal, ufa!!! Ela foi a causadora (ou agravante) de uma briga com o Marcelo e, pensando nisso, lembrei desse texto que recebi do Padre Paulo, falando de amor e rotina. Achei muito bom e resolvi compartilhar, espero que gostem!
“Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “amor e rotina”.
Como todos vocês sabem, um dos grandes desafios do amor, qualquer que seja ele, é cuidar para que não caia na rotina.
Infelizmente, entre muitos casais não é raro que isso aconteça, e com uma velocidade bastante rápida. Depois de alguns meses, aquele sabor de novidade vai passando, o entusiasmo vai diminuindo, e o que fica é o peso da vida: o trabalho, as responsabilidades, as diferenças de temperamento, os assuntos recorrentes etc.
O que muitas pessoas esquecem é que o amor não pode parar! Nesse sentido, é muito importante termos presente esta verdade fundamental para o amor: “o fogo do amor mantém-se vivo quando se queimam coisas novas”. Essa imagem do amor comparado ao fogo me parece muito feliz. De fato, o amor é um fogo que pode se alastrar cada vez mais, sem limites. No entanto, assim como o fogo, ele precisa ser alimentado. Da mesma maneira que precisamos alimentar continuamente o fogo, com carvão ou ar, para que ele não se apague, o amor precisa ser alimentado sempre.
E como se alimenta o amor? Eu diria que de duas formas:
a) continuando a praticar os gestos de amor que existiam quando namorados
Muitos casais se esquecem de que aquilo que faziam quando eram namorados não pode parar quando se casam.
O que faziam?
– vestiam-se com a melhor roupa para o outro;
– elogiavam continuamente o outro: “você é a criatura mais bonita que eu já vi”, “você é demais”, “tudo o que você faz é maravilhoso” etc.;
– iam sempre a um restaurante, a um cinema;
– davam-se presentes frequentemente;
– comemoravam festas importantes: dia do início do namoro, dia do noivado etc.;
– estavam sempre se abraçando e se acariciando;
– ligavam um para o outro várias vezes por dia etc., etc.
Será que essas coisas continuam acontecendo? Será que fui deixando de lado esses gestos porque me acomodei, porque a vida foi se tornando difícil, porque fui me decepcionando com o outro cônjuge?
Nada disso deve ser obstáculo para o amor. O amor não pode parar! Se para, o fogo se apaga.
b) tendo novos gestos e iniciativas de amor
A rotina não é própria do amor. Quem ama quer surpreender sempre a pessoa amada. Não é verdade?
Nesse sentido, que iniciativas tenho tido? Que novidades? Que surpresas?
Por exemplo:
– vou hoje levar um buquê de rosas para a minha esposa;
– vou hoje levar uma Nhá Benta especial para o meu marido;
– vou quebrar o esquema: é terça-feira e vou levar minha esposa ao cinema;
– vou alugar um filme que meu marido adora e vou deixar tudo pronto para quando ele chegar em casa;
– faz anos que não escrevo uma carta: vou escrever uma para a minha esposa e dizer que está num lugar escondido;
– meu marido adora aquele jogador de futebol: vou comprar um DVD com os seus melhores gols etc., etc.
Será que estou pensando continuamente em ter essas novidades? Quando foi a última vez que tive uma iniciativa como essa?
Como está o “fogo do meu amor”? Seja ele o amor a Deus, o amor ao próximo, o amor ao outro cônjuge. Tenho alimentado esse amor?
Façamos o propósito de não esquecer esta frase valiosíssima para a nossa vida: “o fogo do amor mantém-se vivo quando se queimam coisas novas”!
Coloquemos em prática essa verdade e nosso amor nunca deixará de ser uma brasa e uma brasa que cresce a cada dia.
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo M. Ramalho
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Pe. Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce; Capelão do IICS (Instituto Internacional de Ciências Sociais). Atende direção espiritual na Igreja de São Gabriel, em São Paulo.
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Susana Ferreira
8 de agosto de 2012 @ 17:26
Oi Heloísa,
Hoje ganhei coragem e decidi comentar não este post mas como todos os tenho seguido até agora. Parabéns por tanta forca, coragem e discernimento. Nunca vi tal. Sou portuguesa, vivo no Porto, 36 anos. A minha história também tem câncer. Enfrento um cancro da mama, fiz mastectomia bilateral ( uma profiláctica) há 3 meses com reconstrução. Agora estou enfrentando a quimioterapia, são 6 ciclos e já vou no terceiro ( acabado de fazer hoje de manha). A minha história é dura, antes do cancro da mama, o ano passado em Março a vida levou-me a descobrir um câncer no rim, através de uma gravidez de gémeos que não correu bem. Mas, tive a sorte na encontrar na eco dos bebes o problema no rim. Tirei o rim direito e não foi necessário fazer químioterapia na ultra. É muito azar, segundo os medicos, dois cancers primários. Sem ligação um com o outro. O cabelo caiu há 3 semanas. Fiz 3 cortes, tinha o cabelo do tamanho do seu, cumpridao
Susana Ferreira
8 de agosto de 2012 @ 17:43
Desculpe continua.
Desde os 13 anos que o tinha tão cumprido. Custa muito e sei que para você agora deve custar horrores ver os milímetros a crescer do cabelo, em passo de caracol. Ficamos tão diferentes. Por mais que o meu marido, diga que permaneço bonita, não há como acreditar. Falta o cabelo, o charme de um cabelo cumprido.
Mas, você é tão linda! Que o cabelo curto fica lindo e você esta linda na mesma. Tenho a sorte de ter também um marido espectacular, como você e uma família linda e unida. Para além de uma menina de 3 anos, minha filha linda que me tem acompanhado nesta jornada.
Tenho estado muito em baixo com a quimioterapia, só queria ter um bocadinho da sua confiança na vida. Os meus amigos e familiares dizem que sim, mas não me parece, só me apetece ficar na cama a pensar como se perde uma gravidez, batalha-se para um câncer e logo aparece outro.
Em cada dia vou fui e vou ” bebendo” da sua alegria, da felicidade da sua ultima químioterapia, da retirada do cateter. É um exemplo para mim, e sempre que vou a novo tratamento fico pensando em seus ensinamentos. Parabéns pela excelente pessoa que é.
Os cortes de cabelo mais curtos estão na moda e estou certa que você ficara linda em cada crecimento do seu cabelo, o espelho tem que saber isso.
Quanto tempo demora o cabelo a crescer desde a ultima quimioterapia?
Se não for demais, precisava de uma forca sua.
Muitas felicidades. E muita Saúde.
Tenho namorado muito com o meu marido, cAda vez que ele me da a mão, um beijo na cara, e entra em casa com a felicidade que entra me faz até arrepiar da sorte que eu apesar de tudo tenho na vida, bem como o sorriso da nossa filha.
Tudo de bom para você.
Um beijinho, de Portugal.
Susana Ferreira
Erica
9 de agosto de 2012 @ 13:32
Oi Helo gostei mt do texto. Passando para deixar um abraço. Meu tratamento acaba dia 23/08, presente de aniversário, já q faço aninhos em agosto rsrs
Beijo!!!
Juliana
9 de agosto de 2012 @ 14:45
Oi Helô!
Lindo este texto, é engraçado como acontece isso mesmo com os casais, vão passando-se os anos e vamos deixando algumas coisa tão simples para trás sufocando até mesmo o sentimento por causa dos problemas cotidianos.Mas aprendi muito hoje e fico feliz por ter esta oportunidade.
Um beijo para você e fica com Deus!!!!!
Juh.
Thai
10 de agosto de 2012 @ 14:28
Helo,
vi seus comentários no blog.
Sabe que eu concordo muito com você em relação ao cabelo. O tratamento acaba, mas fica aquele rastro né?
Nesse sentido, o mega me ajudou muito a recomeçar a vida… as colinhas incomodam bastante no começo porque como o cabelo estava muito curto, ficava aparecendo e eu tive que usar faixinha durante meses, como eu disse lá no blog.
Mas agora que eu já fiz manutenção do mega e meu cabelo estava mais comprido ficou ótimo, eu gosto muito e as colas não atrapalham mais.
Agora minha ansiedade é ter cabelinho chanel…. não vejo a hora.
Parabéns pela coragem de ter ido ao casamento de cara limpa…
Beijos!!