A maternidade e o recolhimento
Bom dia pessoal! Faz tempo que eu não escrevo, né? Até me perguntaram esses dias se eu estava bem, porque nunca mais escrevi. Então resolvi escrever esse texto para tentar explicar um pouquinho o que acontece… Tanta coisa mudou na minha vida nesse último ano que não sei nem por onde começar. Ou melhor, vou começar pela maior e mais importante delas: virei mãe. Quando isso acontece, revisamos nossas prioridades, metas, valores e objetivos de vida. Uns 3 meses depois que a Mariana nasceu, montaram uma página falsa no facebook com diversas fotos minhas e dela. E aí eu pensei: não quero expor demais a minha filha. Qual será o limite? Em dúvida, fiquei mais recolhida. Esses dias ouvi uma expressão de uma amiga e adorei: estou na “babylândia”. Estou mergulhada na “terra dos bebês”, de corpo e alma. O natural seria eu escrever sobre isso mas… quanto posso/ devo/ estou disposta a me expor e expor minha família? Esse momento tão delicado do pós parto é um momento em que as mulheres ficam naturalmente mais recolhidas, voltadas para o bebê. Eu me permiti fazer exatamente isso nesse ano, ficar voltada para a Mariana. Ela vem em primeiro lugar. Quando ela tinha 2 meses e meio, voltei a trabalhar. Eu era sócia de uma empresa de consultoria em Recursos Humanos e trabalhava de casa. Uns 3 meses depois, saí dessa empresa, depois de uma grande decepção – e meu leite quase secou. Aproveitei para me voltar ainda mais para a minha bebê e curtir profundamente esse momento mãe – que inclui não somente cuidar da cria, mas fazer todo um balanço da minha própria vida, de quem eu sou e quero ser como mulher e mãe. Essa época delicadíssima chamada puerpério não dura só os 40 dias de “resguardo” não, sabiam? Pergunte a qualquer mãe e elas te dirão: esse período dura pelo menos um ano. E eu estou me permitindo vivê-lo. Esse período foi extremamente produtivo e algumas novidades profissionais estão chegando: estou abrindo uma nova empresa e terminei meu curso de Cabala Universal, podendo dar aulas e life coaching baseada nesses ensinamentos. A verdade é que senti muita necessidade de me recolher nesse período. Citei as mudanças profissionais porque são coisas importantes que acontecem e sobre as quais nem sempre posso falar aqui. Aconteceram coisas que me deixaram por um tempo meio perdida, decepcionada e, de novo, recolhida. A maternidade também traz transformações enormes, que deixam nossa vida de ponta-cabeça. Sabemos que tudo vai mudar depois que temos filhos, mas não temos consciência do tamanho dessa mudança. E não adianta avisarem, só saberemos quando tivermos os nossos e sentirmos na pele seus “efeitos colaterais”! É preciso que cada mulher sinta, volte-se para dentro de si e descubra do que ela precisa nesse momento tão especial, maravilhoso e difícil que é a maternidade. É preciso que ela se permita viver o que estiver vivendo e que tenha apoio das pessoas à sua volta, e é preciso que ela tenha o seu próprio tempo para ir, aos poucos, refazendo seu próprio ritmo, que agora com certeza será diferente: ritmo profissional, ritmo de dona de casa, esposa, mulher e mãe. Ela precisará equilibrar tudo isso e a fórmula é extremamente pessoal, cada mulher vai ter a sua dependendo das suas crenças, sua personalidade, seu marido, suas escolhas pessoais e, não posso deixar de mencionar, da personalidade do seu bebê. Com certeza, isso determina muita coisa e é algo que vejo pouca gente mencionar. Enfim, só queria dizer que sim, estou bem! Estou me permitindo viver essa fase voltada para mim e para a minha família. Sinto que é uma fase e que aos poucos vou reabrindo algumas portas que tinha deixado fechadas, mas com certeza de um jeito diferente. Posso dizer: estava fechada para balanço! Agradeço a compreensão e o carinho de todos que me seguem.
Beijos mil!
Helô