Boa forma na gravidez

Tem muita coisa que  eu quero escrever sobre a gravidez e a maternidade… uma delas, sobre a qual recebo muitas perguntas, é boa forma na gravidez. Claro que tive meus cuidados com alimentação e exercícios, mas minha prioridade foi a saúde da minha bebê e nosso bem-estar. E isso inclui alguns prazeres alimentares!

Logo que descobri que estava grávida, procurei uma nutricionista funcional que me dá dicas faz tempo. Ela me passou uma dieta bastante equilibrada, cheia de alimentos naturais e funcionais, sem industrializados, com restrição de glúten e lactose. Segundo ela, esses alimentos podem ser trazer futuras alergias alimentares aos bebês. Uma das coisas que eu falei para ela foi que estava almoçando na minha mãe todos os dias, então ela não mexeu no almoço. Minha mãe que gosta de cozinhar e sempre tem arroz (branco, não consegui convencê-la do integral rsrs), feijão, salada, legumes e uma carne (como eu não como carne vermelha há anos, sempre tem frango ou peixe). Como todo mundo que já tentou seguir uma dieta funcional sabe, alguns alimentos são difíceis de encontrar. Também é preciso estudar muito para saber de que maneiras usar esses alimentos no dia a dia. Além disso, se outras pessoas da família não comem a mesma coisa que você, a coisa complica! Algumas coisas estragam, outras ficam sobrando na geladeira ou no armário, ficam velhas…. Enfim, o que acabou acontecendo foi que eu fui adaptando a dieta que ela me passou à minha realidade. Como não tenho intolerância a glúten nem lactose, me permiti comer em pequenas quantidades, sem exageros. Fui dando cada vez mais preferência aos alimentos que não são processados, aos orgânicos, sempre prestando atenção ao aporte de proteínas. Troquei a água filtrada pela mineral por causa do cloro e bebia muita água. E sim, eu comia doce na gravidez, também sem exageros, como sempre. Não me privei de nada que tinha vontade, mas sempre em quantidades moderadas. A questão é que fui acostumando meu paladar com o passar dos anos e hoje não sinto tanta vontade de coisas que não são saudáveis, pelo contrário: quando viajo quase morro de saudade de comer muita salada, frutas e alimentos variados, aquele prato colorido, sabe? Mas confesso: não fui radical com nada, acho que qualquer radicalismo (pelo menos para mim) gera um estresse psicológico e emocional que não compensa. Não bebi álcool e evitei cafeína (tomava no máximo uma xícara de café por dia e evitava refrigerantes – que já não tomo mesmo -, chás mate, preto, verde e branco – todos contém cafeína – e não exagerava no chocolate). No total, engordei 14 Kg. Muita gente pode achar que isso é muito, mas a quantidade “permitida” de se engordar durante a gravidez depende do IMC (índice de massa corporal) da gestante antes da gravidez. Quanto menor for esse índice, mais a pessoa pode engordar. Para mim, 14 kg foi ok. Depois de 15 dias do parto já tinha perdido 12 kg, sem qualquer esforço além de amamentar. E agora, quase dois meses depois do parto, já perdi tudo e talvez até um pouco mais (digo talvez porque não fico me pesando, mas percebo as roupas largas).

Além da alimentação, claro, fiz exercícios físicos. Quem acompanha o blog sabe que minha gravidez foi tratada como gravidez de risco, ou seja, meu médico me aconselhou não fazer nenhum ESFORÇO – exercícios, só leves. Segui com a minha rotina de yoga, comecei a fazer pilates uma vez por semana e caminhava de 30 minutos a uma hora, pelo menos 3 dias na semana, dependendo do meu pique naquele dia. Gosto de perceber meu corpo e seguir a intuição. Também fiz um pouco de exercícios localizados para fortalecer a musculatura, como pesinhos para os braços e costas e agachamentos, tudo com supervisão. Raramente ficava mais de um dia “de folga”. Tudo sem cobranças, sem neuras, muito mais pela saúde do que pela estética.

Após o terceiro ou quarto mês (quando o médico liberou), fazia drenagem linfática toda semana para prevenir os inchaços e relaxar. Eliminei produtos de beleza com parabeno (cremes, shampoos e sabonetes), que comprovadamente não é bom para os bebês. Também passei a evitar perfumes pelo mesmo motivo (praticamente 100% deles tem parabenos nos fixadores) e tomei cuidado com os hidratantes labiais. Li bastante sobre o assunto e descobri que não há qualquer evidência científica mostrando que cremes evitam estrias. O que se pode fazer é evitar engordar demais, manter a pele hidratada por dentro (bebendo muita água e também ingerindo alimentos ricos em água como frutas, verduras e legumes) e por fora. Para essa hidratação “por fora”, usei um óleo da Weleda específico para evitar estrias, mas confesso que não gosto tanto de óleos: melecam a toalha e deixam o chão do banheiro escorregadio. Quando ele acabou não comprei outro. Também cheguei a usar Bepanthol para gestantes, mas no fim preferi apostar no bom e velho Nívea para pele seca ou extra-seca. E foi isso que eu fiz!

Para mim, uma das coisas mais importantes foi me manter bem psicologicamente, o que foi bem fácil pelo tanto que desejei essa gravidez! Além de ter desejado muito, graças a Deus tive uma gravidez bem tranquila, sem muitos “efeitos colaterais”, o que colaborou. Meditava bastante, me cerquei de pessoas queridas e boas energias e esperei com amor a chegada da minha pequena. Como durante o meu tratamento, a mente comanda tudo! Mente sã, corpo são.

A título de curiosidade, o Marcelo retomou a dieta no final da minha gravidez, acho que foi para estar bonitão e cheio de saúde quando a pequena chegasse heheheh… Já emagreceu 8kg e está se alimentando de maneira muito mais saudável, além de estar se exercitando bastante. Segundo ele, é impressionante o bem estar que vem sentindo por causa da mudança na alimentação! O que ele fez? Um pouco de proteína, muita salada, frutas e verduras… Não tem muito segredo, né?

Se tiverem qualquer dúvida, escrevam nos comentários! Vou adorar responder uma por uma.

Namastê!