Kabbalah: Código 8
De volta com a Kabbalah! Gente, vocês perceberam, andei um tempinho um pouco afastada, por alguns motivos… Um é que eu agora sou sócia da empresa de Headhunters em que trabalho e isso anda me deixando bastante ocupada. O outro motivo é que minha mudança coincidiu com o fim do ano e eu tive muitas coisas para tomar conta nesse período. E uma delas, a que de fato mais acabou me deixando afastada daqui, foi a “novidade” da fertilidade, que já escrevi aqui no post “I´m going trough changes”. Vocês sabem, gosto de falar disso tudo para que as pessoas se identifiquem: passo por fases como qualquer pessoa normal. Essa novidade me levou à terapia (que me consome mais pelo menos 3 horinhas na semana, considerando o trajeto rsrsrs) e um sentimento diferente… Não fiquei com vontade de escrever coisas bonitas e legais por um tempo. Foi o tempo da “digestão” e aceitação. Mas, passado esse período inicial, entrego nas mãos de Deus, confio, aceito e tenho esperança. E faço o que estiver ao meu alcance! E voltei a ter vontade de escrever coisas bonitas, então… vamos lá! Vamos ao código 8 da Kabbalah:
“Seja moderado em todas as coisas, evite excessos”
Vou dizer uma coisa: esse código, na minha opinião, é extremamente “picante”. Nosso mundo de hoje nos implora para não sermos moderados!!! Querem que sejamos intensos, vivamos como se não existisse amanhã, como se ser igual fosse a pior coisa do mundo, como se não demostrar sentimentos fosse sinal de ser sem graça e não “lutar por tudo” fosse ser fraco. O equilíbrio é a coisa mais difícil do mundo, exatamente como o equilibrista que tem que estar 100% do tempo atento para não desequilibrar. Eu já sofri por ser moderada: minha mãe querida já me chamou de “estranha” muitas vezes. Meu marido já se chateou porque achou que eu não “demonstrei tanta empolgação” quanto ele imaginava. Ou porque eu não dei meu veredito se tinha ou não gostado de alguém depois de um simples jantar. Mas, na minha opinião, não se conhece as pessoas num simples jantar… posso achar a pessoa super simpática, divertida, inteligente, um monte de coisas. Mas amar mesmo, só depois de conhecer o caráter. E isso normalmente levamos mais que um jantar para conhecer. Sou mais cuidadosa e isso já foi mal visto inúmeras vezes. Claro, pode ser que eu seja cuidadosa por medo de sofrer, o que não é bom. Afinal, deveríamos viver liderados pelo AMOR e não pelo MEDO. E justamente por isso, volto a dizer: o equilíbrio é a coisa mais difícil do mundo!!! Como demonstrar os sentimentos sem ser exagerado? Como ser intenso sem ser impulsivo/ inconsequente? Como ser cuidadoso sem ser medroso? Como ser moderado sem ser chato? Como ser moderado sem sentir culpa quando não for moderado???? Ah… essa aí é mesmo essa tal de vida. Como disse minha querida Dra. Lina, minha médica querida: a vida é um escorregador (prefiro chamar de montanha-russa), você pode escolher descer com as mãos para cima gritando uhu ou desesperada pedindo para acabar logo… Hoje eu começo a entender que sim, a vida é maluca, acontecem coisas que não sabemos explicar, coisas tristes, algumas posso dizer até horríveis. Mas quem disse que seria diferente? Ainda assim, é a VIDA. Se não soubermos apreciar as coisas boas e “pequenas”, ela vira um emaranhado difícil de lidar. Melhor aceitar e entender que as curvas existem e nada mais são do que partes da estrada. Enfim, hoje meus desafios quanto a ser moderada são esses que escrevi: como ser moderada sem ser medrosa, sem ser chata, sem parecer um balde de gelo… Meu desafio é mostrar o que eu sinto sem medo de parecer piegas ou exagerada às vezes, também! Meu desafio é entender que mesmo quando eu não sou moderada, está tudo ótimo! E que eu POSSO ser assim. Ou seja, de alguma forma meu desafio é contrário ao que manda a Kabbalah, mas… fazer o quê? No meu caso, eu sempre fui meio que exageradamente moderada e isso me trouxe sofrimento. Agora, meu desafio é aprender que eu não TENHO que ser moderada mas, seu eu for, ótimo. É aprender a aceitar tudo mais assim, de braços abertos! E o seu desafio nesse código, qual é?
Marcela
11 de fevereiro de 2014 @ 23:45
Helô adoro seus textos.
Meu namorado está na época dos exames de controle e passei por aqui tentando ficar menos ansiosa (apesar de eu ser médica e por isso deveria saber lidar melhor com a situação).
Obrigada,
Beijos
Heloisa Orsolini
12 de fevereiro de 2014 @ 10:47
Oi Marcela! Ninguém está imune, né? Acho que os médicos ficam ainda mais chateados porque sabem de todos os riscos e gostariam de poder fazer mais alguma coisa, enquanto nós “normais” simplesmente confiamos nos médicos rsrsrsr, e em Deus, claro!
Bjssss, boa sorte!