Kabbalah: Ame o que é bom…
E ignore o que é ruim! Um dos códigos mais polêmicos, na minha opinião. Cabe bastante reflexão aqui! “Ame o que é bom, ignore o que é ruim” – esse é o terceiro código da Kabbalah. Amar o que é bom é fácil, mas como podemos ignorar o que é ruim? Paradoxo. A vida é um paradoxo! Esse código, no meu entendimento, se refere a amarmos e ignorarmos esferas de um mesmo objeto. Como tudo tem seu lado bom e ruim, amamos o bom e ignoramos o ruim. Mas não devemos tentar mudar o que é ruim? Depende.
Primeiro, aprendemos na Kabbalah que nada é ruim, que tudo acontece por um motivo e que tudo tem seu lado de bom, de luz. Como diz Dr. Levry: “Toda nuvem de escuridão esconde um ponto de luz. Todo raio de luz esconde um ponto de escuridão”. Ele continua: “É na sua fraqueza que você encontra sua força e é na sua força que você encontra sua fraqueza.” Ou seja, toda vez que algo parece ruim, podemos encontrar um ponto de luz mesmo assim, mesmo que não possamos ver ou compreender aquilo naquele momento.
Segundo, mais para frente veremos um código que fala sobre a justiça. Também já falamos sobre servir e fazer o bem. Os outros códigos vão se somando para ajudarem uns aos outros a fazerem sentido. Claro que se vemos algo errado e que podemos consertar, devemos. Alguma injustiça, por exemplo. Mas e quando se trata de uma pessoa? Todos temos defeitos, mas esse código nos ensina a ver a luz em cada pessoa, a ver seu lado brilhante.
Quando falamos sobre o bem e o mal, o bom e o ruim, é uma questão íntima e interna. Às vezes, amamos algo que sabidamente é ruim para nós, como cigarro, excesso de álcool, um relacionamento abusivo… Sabemos que devemos ignorar essa coisa ruim, eliminá-la da nossa vida, mas algo ainda nos prende a ela. Esse código também ensina isso: ouvir nosso coração ao invés de ouvir nosso ego, nossos sentidos, guiados apenas pelo prazer momentâneo. O prazer é algo bom, muito bom, desde que nos faça bem e não só agora. Devemos seguir nosso coração porque ele sabe o que é bom para nós. Podemos enganar nossa mente, mas não o coração.
Para terminar: tudo em que você foca CRESCE. Se você se prender ao lado bom das pessoas e das coisas, eles crescem. Se, pelo contrário, você focar no ruim, ele também cresce. Quando você diz a alguém quão incrível ele é, ele quer (mesmo que inconscientemente) corresponder à sua expectativa e não tem outra escolha a não ser ser incrível. Pena que frequentemente nos esquecemos disso e focamos no ruim, criticando, julgando, falando mal… e, assim, estamos fazendo com que o ruim cresça e se fortaleça. Para mim, algumas coisas têm sim que ser ditas sim, como forma de alertar os outros ou mesmo de mostrar que você não aprova determinado comportamento. Porém, a intenção por trás desse comentário deve ser boa, deve trazer luz à situação e não visar unicamente a satisfação em falar mal e diminuir alguém.
Gostaria de saber um pouco do que vocês pensam sobre esse código! Deixem seus comentários, reflitam ao longo da semana e me contem tudinho rsrsrsr 😉
Namastê!
Essa foto é do hotel em que fiquei no México, durante o meu treinamento em Naam Yoga e Kabbalah. Ele é deslumbrante, mas a região é desértica, muito quente e cheia de mosquitos… Se quisermos, encontramos defeitos em tudo e, à medida que os encontramos, eles crescem! Preferi focar em tudo de maravilhoso que tinha por lá 🙂 E foi MARAVILHOSO!
Andrea
22 de outubro de 2013 @ 17:58
Olá Heloisa
Obrigada!
Adoro os posts sobre os códigos da Kabbalah, fico esperando ansiosa toda segunda-feira! kkk
Adorei esse código, lembrou-me as palavras de São Francisco de Assis:
“Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado…
Resignação para aceitar o que não pode ser mudado…
E sabedoria para distinguir uma coisa da outra.”
Um beijo pra você
Heloisa Orsolini
23 de outubro de 2013 @ 21:56
Oi Andrea! Fiquei SUPER feliz de saber que vc aguarda ansiosa as segundas hehehehe…. Adoro essa oração de São Francisco de Assis. Bjss