Naam e a comida
A aula que tivemos no treinamento de Naam Yoga sobre alimentação foi maravilhosa e pode mudar totalmente a maneira como as pessoas se relacionam com a comida. Tudo começou com a Lemia, a professora mais amada e querida do mundo, dizendo que, em primeiro lugar, não devemos julgar ninguém (nem você mesmo) pelas suas escolhas, pois cada um tem o seu tempo, o seu caminho e a sua história. Só isso já pode derrubar muitos mitos, acusações (sejam elas internas ou externas) e nos faz pensar bastante. Ela contou a sua história, sobre como saía da aula de yoga alguns anos atrás direto para o Mc Donald´s. E se emocionou… aquele era simplesmente o caminho dela e o tempo dela. Simples assim.
A comida tem a ver com o plano físico e o estômago não é só como a assimilamos, mas ele representa como assimilamos tudo na vida, ele e os outros órgãos do sistema digestivo. Quanto mais pesada a comida que ingerimos, mais nos mantemos nos nossos chakras inferiores, que se relacionam com o nosso lado mais animal, instintivo, reativo. A prática de yoga justamente busca fazer com que a gente tenha mais consciência de tudo nas nossas vidas para que possamos agir ao invés de reagir e, assim, deixarmos de ser dominados pela “animalidade” que existe em nós. Do mesmo modo, quanto mais leve nossa alimentação, mais nos mantemos nos chakras mais elevados (o que pode ser bom), mas também no nível mental. Podemos ficar muito aéreos e pensativos. Como naamies (praticantes de Naam), acreditamos que estamos no mundo para viver nossa vida aqui e que temos que estar “aterrados”, não podemos ficar só perdidos no plano das ideias e do espírito, por mais nobre que isso possa parecer. Assim, temos que manter o equilíbrio!
A seguir, veio uma breve explicação de que os alimentos mais nutritivos para o corpo e para a alma são aqueles mais ricos em prana, ou seja, a energia vital, a energia do Sol. São eles: frutas, verduras, legumes, algas e grãos no seu estado mais natural (sem processamento). Depois, vem os peixes, aves e carne vermelha, nessa ordem, sendo a carne vermelha a “menos boa”.
Não alongando muito, a Lemia começou a explicar uma outra coisa mais importante: a relação que a gratidão e o amor têm com tudo isso. A alimentação é parte do nosso processo de amadurecimento físico e espiritual. Devemos começar a olhar para aquilo que ingerimos como se fossem remédios de corpo e alma. Quando estamos presos demais ao desejo por qualquer coisa e, nesse caso, por comida, estamos com nossos chakras inferiores comandando. De novo, o ideal é o equilíbrio. Também, quando estamos muito rígidos com a nossa alimentação, estamos nos “torturando” e deixando de exercitar uma das maiores qualidades que queremos cultivar: a flexibilidade. Estamos gerando estresse a cada vez que recusamos programas sociais para evitar comidas “erradas”, por exemplo. Esse estresse pode ser pior do que o alimento “errado”, por exemplo. Estamos deixando de exercitar a gratidão pelo que temos naquele momento e o amor por quem está nos oferecendo e por nós mesmos, assim quando nos “punimos” por ter comido “errado”. O amor também tem a ver com como aquele alimento foi parar na sua mesa: ele foi cultivado, preparado e servido com amor? Às vezes, comer uma carne de um animal que foi criado e preparado com todo o amor pode ser melhor do que comer uma fruta processada que ficou meses na prateleira do supermercado, porque está inundada com toda a energia mágica que o amor tem. Durante o meu tratamento, muitas vezes comi coisas que podem não ser as mais nutritivas, mas que tinham sido feitas com tanto amor para mim que com certeza nutriram meu corpo e meu espírito! Por isso, os naamies (e me incluo nesse grupo, mesmo tendo sido alvo de algumas gozações – não me importo) abençoam a comida antes de comer. Esfregamos as palmas das mãos e colocamos sobre o alimento, agradecendo a Deus por todo o processo que o levou à nossa mesa e pedindo para que ele seja nosso remédio, nutrindo nosso corpo, nossas células, nossa alma… Quando esfregamos as mãos, criamos energia (lembram da “bolinha de energia” de quando éramos crianças?) e, embuídos do sentimento de amor e gratidão, passamos isso para aquilo que, em segundos, estará dentro de nós. Bonito, não? Quando olhamos sob essa perspectiva, nossa relação com o que comemos muda e nos liberamos de tantas culpas que nos cercam hoje em dia. Chegamos ao nosso “peso pessoal”, não forçando nosso precioso corpo aos extremos.
Aqui vão algumas dicas:
– Não coma quando está triste: você coloca esse sentimento e essa energia na comida e coloca ela para dentro de você. É como um ciclo vicioso!
– Não coma de uma pessoa doente, ou seja, quem está doente não deve cozinhar.
– Não coma muito!
– Não coma de alguém que não te ame (idas aos restaurantes ficam um pouco mais complicadas rsrsrsr, mas lembrem da gratidão, amor e flexibilidade!)
– Não converse sobre coisas negativas enquanto come – e evite pensar nelas também!
– Mastigue bastante.
– Beba água quente antes de cada refeição e ao acordar (ajuda na digestão, desintoxica o organismo). Melhor ainda se for com gotas de limão.
– Ande um pouco depois de comer.
– Ouça mantras enquanto cozinha, entoe mantras ou simplesmente pense neles. Se for demais para você, ouça músicas e/ou cante músicas que te façam sentir feliz!
– Dê preferência a alimentos que contenham propriedades nutritivas. Vamos lá, vocês sabem quais são! Sorvete tem propriedades nutritivas? Hambúrguer com batata frita, pão branco, katchup e refrigerante? Eu acho que não rsrsrsr…
O processo de se alimentar de uma maneira que te faça bem e feliz leva tempo, como eu sempre digo. Cada um tem o seu tempo. Se eu fosse escolher algumas palavras para ficarem gravadas dessa aula, elas seriam: amor, gratidão, evolução e não-julgamento. Com certeza, só elas já são suficientes para muita gente mudar a relação que tem com a comida.
Adoraria ouvir (ler nos comentários) a experiência de vocês com a comida. E perguntas também são bem vindas para próximos posts! Imagino que vão surgir algumas 😉
Namastê! Sat Nam!
Soraya
4 de setembro de 2013 @ 20:34
Heloooooo, que post bonito. Vou passar para a minha mãe que tem um grupo de emagrecimento. Bjinhooosss PS- Sempre que posso leio seus posts (deve ser assim no plural..rss).
Andreia
5 de setembro de 2013 @ 16:00
Olá Heloisa, amei te conhecer (you tube) e também este texto sobre comida. Tenho uma relação muito estranha com a comida, como tanto que nem sei o que é sentir fome, como por tristeza, ansiedade, por não conseguir fazer as coisas que preciso fazer. Foi muito bom pra mim ler este texto. Obrigada
Thelma Orsolini
8 de setembro de 2013 @ 13:31
Não posso deixar de “babar” com essa foto!!!! Que delícia!!!!! Quanto ao que voce escreveu, vamos lembrar que tudo que fizermos com amor fará muito bem física, emocional e espiritualmente, sobretudo para nós mesmos. Portanto, vamos tentar amar mais, nos doarmos mais, criticar e julgar menos. Bjos
Caroline
10 de janeiro de 2014 @ 00:13
Oi, Heloisa! Acabei de conhecer seu blog, pesquisando na internet sobre chackas e a alimentação. Na verdade, estou refletindo muito sobre parar de comer carne e gostei muito do seu artigo. Equilíbrio é tudo! Abraços!