I AM
Ontem assisti a um documentário do Tom Shadyac, o diretor de “Ace Ventura”, “Todo Poderoso”, “O Professor Aloprado”, “Patch Adams” e outras comédias que fizeram muito sucesso. Ele sofreu um acidente, teve concussões e desenvolveu a síndrome pós-concussão, quando os sintomas não vão embora e causam dor e sofrimento profundos, muitas vezes levando à depressão e instintos suicidas (e ao próprio suicídio). Depois de meses no hospital, isolado, ele começou a entender que por trás das guerras, da pobreza e do sofrimento humano havia algo maior. O documentário trata disso: qual é o motivo de todo esse sofrimento? O que está errado com o mundo? E, assim, ele saiu por aí com sua equipe e sua câmera, entrevistando diversos cientistas e pensadores que jogam uma luz sobre essa discussão.
O que o documentário sustenta é que nós, seres humanos, fomos feitos para cooperarmos, para sermos solidários a amorosos. Quando tentamos ser melhores que os outros, ter mais, fazer mais… isso gera um desequilíbrio. Ele compara esse desejo de termos cada vez mais com a única coisa no corpo humano que usa mais recursos do que precisaria: um câncer. O nome do filme é explicado no final e… sem querer tirar a graça de quem vai ver o documentário, diz que a pergunta “o que está errado no mundo?” foi feita para uma pessoa que respondeu: “I am” ou “sou eu”. Ou seja, todos nós temos nossa parcela de culpa, ao mesmo tempo que todos nós podemos, com pequenos gestos, melhorar o mundo.
O filme mostra experimentos científicos que confirmam a intuição, além do fato de que nossas emoções afetam seres vivos ao nosso redor, comprovadamente.
Por que eu chorava? Por que eu acho que tudo isso é tão verdade, mas tão verdade! E falta o mundo todo se conscientizar disso ainda! Porque, mesmo entre as pessoas que têm essa consciência, é muito fácil entrar na roda gigante da vida e agir como se “não soubesse de nada”, já que é muito fácil se omitir. Saber que estamos todos conectados é uma coisa; agir de acordo com isso é outra bem diferente. Por isso o cara respondeu à pergunta com “I AM”. Todos nós temos nossa parcela de culpa, tanto para o bem como para o mal. Falei no insta que tudo isso tem muito a ver com as manifestações que estão acontecendo no Brasil: a união faz a força – são muitos se unindo para melhorar a situação do país, para que o povo tenha mais justiça e seja mais feliz! E eu não consigo deixar de me emocionar com isso…
Às vezes fico um pouquinho chateada porque sinto que poderia estar fazendo mais. Em um dos meus útlimos posts eu mencionei que a correria do dia a dia tinha me afastado da yoga, das meditações, do blog e até de uma alimentação tão saudável quanto eu gostaria. E ver o filme me mostra que eu QUERO seguir tudo isso, eu quero fazer parte dessa multidão que, de alguma maneira, se tornando melhor, torna o mundo melhor. No mesmo post, eu disse que ao mesmo tempo temos que cobrar menos de nós. E é justamente essa a maior dificuldade: saber exatamente o que é prioridade e o que não é. Prioridade é aquilo que, se você não tem ou não faz, fica triste e sente que algo está faltando. Toda vez que nos afastamos do nosso caminho natural, acontece o sofrimento. Sofremos por estarmos nos distanciando da nossa essência, e essa essência é o amor, o bem, a autenticidade. Esse trabalho de nos questionarmos o que realmente é prioridade para nós é constante, quase que diário. A busca por nós mesmos é eterna! Porque várias coisas ao nosso redor vão mudando o rumo das coisas e às vezes percebemos que fomos para bem longe de onde deveríamos estar. Outro dia ouvi também que precisamos parar de dar voltas em torno de quem realmente queremos ser, mergulhar fundo e realmente SER essa pessoa. E quando damos passos em direção a essa pessoa que queremos ser, sentimos uma felicidade enorme.
Eu já estou começando a dar esses passos de novo, para não permitir que olhe para trás e me pergunte porque me distanciei de novo da pessoa que quero ser. E você? Já sentiu que essa pessoa que você é ou estava sendo não é exatamente quem você gostaria de ser? Quero saber das suas histórias! Essa troca é muito enriquecedora 😉 A próxima meditação que vou gravar para vocês vai nesse sentido. Aguardem! Sat Nam!
Ivania Arthur
1 de julho de 2013 @ 11:44
Infelizmente por vários momentos em nossa vida somos quem realmente não gostaríamos de ser, trabalhamos em lugares que não tem nada em comum com sua maneira de ser e agir mas por sobrevivência temos que nos “adaptarmos” mas nem sempre podemos jogar tudo pro alto e mudar de vida, o que realmente temos que saber fazer é mantermos nossa essência inatingível, dentro de mim sei exatamente o que quero pra minha vida e o que quero é tão pouco, nos decepcionamos qdo esperamos muito de nós mesmo e dos outros, então não espero nada nem da vida e principalmente das pessoas, assim tudo que acontecer seja bom ou ruim simplismente “faz parte da minha caminhada”.
Niara
2 de julho de 2013 @ 02:11
Olá Helo! (Desculpa, mas acho que essa intimidade foi gerada desde quando vi seu blog pela 1 vez, isso porque comecei a pesquisar sobre linfoma, quando recebi meu diagnostico) rs.
Olha, fiquei muito curiosa em ver esse documentårio, e com certeza vou assistir, pois sabemos o quanto uma dor é capaz de nos tirar de um certo comodismo e ao mesmo tempo, o quanto a dor do cancer nos mostra como estamos vivos ne!
E realmente, temos total parcela de culpa do mundo estar como estar, da frieza entre as pessoas, da falta de compaixao… da falta de se compadecer e fazer algo bom ser esperar algo em troca. Sem pensar que nosso ato de bondade sairia bem em uma ‘foto no facwbook’. O mundo esta la fora! As pessoas precisam de abraco e palavras de amor. Eu tenho tido essa experiencia em ver como as pessoas sao impactadas com nosso exemplo de vencer o cancer. Mas nao em vence-lo no diagnostico, mas vence-lo dia a dia. Nos achando bela em ser uma mulher careca, em ser uma nova versao de nos mesmos.
Enfim, queria ter o prazer de um dia esbarrar com vc e contar como foi meu tempo de viver o cancer, de ter tido um cancer que me curou (estranho ne?! Mas o cancer foi total instrumento de Deus para curar minhas emocoes, meus sonhos, meu espirito, minha alma).
E esse amor que todos precisam nao existe dentro de nos, pq somos falhos, egoistas (pensamos nas nossas viagens, nas nossas vidas, nas compras, na nissa academia), egocentricos, religiosos, cheios de rituais achando que isso sensibiliza as pessoas.
Mas eu descobri um Amor muito maior, uma fonte que nunca para de jorrar amor, que nunca seca. Quem beber dessa agua nunca mais tera sede, disse Jesus Cristo.
Mas nao esse Jesus religioiso e cheio de paradigmas. Um Jesus simples, cheio de amor. Já viu alguém que realmente te diria(nao so diria, mas que realmente faria) “eu faco a quimio no seu lugar; faco a cirurgia no seu lugar, tenho os efeitos colateriais no seu lugar”? Sinceramente a 1 coisa que as pessoas dizem diante do cancer e “Deus me livre” hahahahaha.
Jesus disse “eu morro no seu lugar! Eu estou pagando sua conta diante de Deus. Eu estou limpando sua vida de pecado, pra q vc seja novamente conectada e direcionada ao relacionamento com Deus”…
Enfim, o amor de Jesus nos tira da situacao de devedores e nos coloca com muuitos creditos. E so assim, podemos ser doadores de amor, de compaixao.
Alias ninguem pode dar o que nao recebeu primeiro.
Aah, eu teria mil coisas para falar! Mas paro por aqui!
Querida, Deus abencoe muito sua vida! Voce e uma princesa preciosa!
Que o amor de Jesus twnha invadido seu coracao neste momento!
Gde beijo, Niara.
Obs. Caso queira me mande uma mensagem por emaik para trocarmos nossas experiencias em meio ao cancer, essa bencao de Deus que mudou nossas vidas de rumo.
Bjinho
Gleir M. de Negri
6 de julho de 2013 @ 19:52
Olá Helô,
“John Lennon não estava errado quando disse que tudo que o mundo precisa é de amor!!”
Adorei o documentário, eu e meu marido!! Emocionante mesmo, faz a gente pensar sobre muitas coisas e querer fazer parte desta mudança para um mundo melhor. Dica maravilhosa, bjos!!
Marcela Ribeiro Bueno
30 de julho de 2013 @ 16:19
Oi ! Helô
Estou apaixonada pelo blog e por você menina. Que superou tudo com tanta doçura e busca do seu crescimento pessoal. Obrigada pelas palavras e a sua força acaba nos trazendo a uma reflexão de nós mesmos. Vou ver o documentário, estou buscando uma melhora em mim como ser humano. Tenho muitas falhas e preciso adquirir mais disciplina. Beijos Marcela