E por fim… Roma!
Depois da emoção de ter visto o Papa, que já contei em detalhes, fomos devolver o carro (não precisaríamos mais dele) e começamos a nossa jornada pela cidade. Voltamos para a frente do Vaticano (pertinho do nosso hotel) e compramos um “vale” para usar aqueles ônibus amarelos de turista, sabe? Aqueles de dois andares que a gente senta lá em cima vendo a cidade? Simplesmente chegamos à conclusão que nossas pernas, pés e costas já não aguentavam mais. Compramos de uma guia brasileira que encontramos na rua. Aliás, o que mais tem em Roma é brasileiro, depois alemão e, em terceiro lugar, italiano. Bom, compramos o tíquete de dois dias e o terceiro dia deixamos reservado para a Basílica de São Pedro e o Museu do Vaticano, já que eles ficavam perto de nós.
A primeira parada foi o Pantheon. Que coisa deslumbrante e impressionante! Aliás, a própria cidade é um monumento, né? Você está andando por algum lugar qualquer e, do nada, surge alguma obra esplendorosa na sua frente. Isso é demais! Almoçamos por ali mesmo, na Piazza della Rotonda, admirando o Pantheon. Imaginar que aquilo estava lá dois mil anos atrás dá até um frio na barriga. De lá, fomos até a Piazza Navona, a Piazza Venezia, passamos pela Fontana di Trevi, pelo Coliseu, o Arco de Constantino e o Fórum, além do Castelo de Sant’Ângelo. Claro, digo “passamos” porque tudo isso foi degustado com mais profundidade no dia seguinte, quando támbém fomos até a Piazza di Spagna e à Basílica S. Maria degli Angeli e dei Martiri. Ah! Também conhecemos a Igreja de São Marcello e a linda Igreja de Santo Ignacio. Dá para perceber que rezamos bastante, não? Agradecendo e pedindo por todos que estão precisando!
No primeiro dia, à noite, voltamos para o hotel e, enquanto eu dei uma ligadinha para a minha mãe, o Marcelo foi ao supermercado que ficava logo ao lado, só para comprar água. Estávamos muito cansados, mas íamos sair para jantar. Qual não foi a minha alegria (e dos meus pés) ao ver que ele voltou com o jantar!!! Comprou uma mega salada com mussarela de búfala, nozes, pão integral, vinho…. Nossa, juro, foi um dos melhores jantares da minha vida e da viagem! Não estou exagerando, além de ter sido romântico, barato e divino, fiquei muito feliz por poder descansar um pouquinho e por ter um marido Alladin, que adivinha e realiza meus desejos (nesse caso, provavelmente porque também eram os dele heheheh).
Conforme o planejado, deixamos a Basílica de São Pedro e o Museu do Vaticano para o último dia. Como as filas para esses lugares eram sempre enormes, decidimos ir para a Basílica assim que abrisse, às 07h30. Chegamos e entramos, fila zero. Nossa, que coisa linda! O Marcelo tinha me dito que, como era “só” uma Igreja, veríamos tudo rapidinho e ainda chegaríamos cedo ao Museu. Certamente ele não conhecia tão bem quanto eu imaginava o meu lado católica! Ficamos 3 horas e meia na Basílica, sem brincadeira! Fiz de tudo: esperei terminar a missa para poder ver o túmulo do Papa João Paulo ll, esperei terminar outra missa para ver os túmulos dos outros Papas no subsolo (e fui lendo a história de cada um), achei um padre que confessava em Português, confessei e influenciei o Marcelo a confessar também e, o mais diferente, subimos lá no topo da Cúpula da Basílica. Existe a opção de subir de elevador ou sem elevador. Lá embaixo tinha um aviso dizendo que depois do elevador ainda tinha que subir mais uns 300 degraus, portanto idosos, hipertensos e pessoas com restrições de saúde deveriam ter cuidado. Achei que tinha entendido mal: 300 degraus além do elevador? Improvável. Mas era isso mesmo. Oh Lord! Com 136 metros de altura, a cúpula de Michelangelo é a mais alta do mundo! O que eles não avisaram é que claustrofóbicos e pessoas com tendência a labirintite não podem nem sonhar em se arriscar nessa aventura! Em alguns pedaços, a escada fica tão estreita e se vê tão pouco à sua frente que dá desespero total. O pior é que não dá nem para descer, porque tem várias pessoas atrás de você e o espaço é estreito demais para caber uma subindo e outra descendo (por isso as pessoas descem por outro lugar depois que chegam lá em cima). Depois do desepero um, tem ainda o dois: as paredes ficam tortas para a sua direita, acompanhando o formato da cúpula, mas o chão (obviamente) é reto, então dá uma tontura horrível, confusão de sentidos total. Nessa hora eu quase comecei a chorar (literalmente falando), tive que parar, sentar e pedir ajuda. Falei para o Marcelo ir na minha frente me guiando que eu iria de olhos fechados. Aliás, isso foi depois dele ir ver como era dali para frente e me dizer que eram poucos metros assim, depois era uma escada normal de novo. A vista lá de cima era impressionante, mas eu não curti muito por causa do meu medo de altura, do nervoso que passei para subir e da vontade de descer logo para acabar com aquele mal estar. Eu sei, eu sei, deveria ter curtido o presente, mas simplesmente não deu. Durante a viagem o meu medo de altura foi superado diversas vezes, mas essa foi demais para mim!!! Só para terminar de falar da Basílica, a coisa que mais me impressionou foi o túmulo de São Pedro. Emocionante demais!!!
Saímos de lá meio dia e fomos para o Museu do Vaticano esperando encontrar a maior fila, mas não pegamos fila nenhuma!!! Inacreditável… A fila para entrar na Basílica a essa hora estava astronômica, acho que escolhemos bem os horários! Vimos o Museu rapidamente, inclusive, claro, a Capela Sistina. Acho que o mais impressionante nela é imaginar que todos os maiores gênios da época e muitos dos maiores artistas da história deixaram seu trabalho marcado lá. Demais! Antes de irmos embora, o Marcelo me levou para ver os carros que já foram usados pelos Papas (ficam numa sala quase saindo do Museu, descendo umas escadas). Quando chega no Fiat que foi usado pelo Papa João Paulo ll quando ele sofreu o atentado de 1981, tem uma TV passando cenas da história (cenas do dia e do momento do atentado) e mostrando quando ele foi à cadeia e perdoou o homem que atirou nele. Preciso dizer? Chorei de novo. Esse Papa foi um exemplo de vida para mim: mesmo doente, sofrendo, estava sempre lá, firme e forte, sorrindo aquele sorriso fofo dele que transmitia luz e amor. Acabei de lembrar que uma vez participei de uma dinâmica em que pediram para as pessoas escolherem alguém que fosse um exemplo para elas e explicassem porquê. Como era uma dinâmica de processo seletivo, todo mundo escolheu fotos de profissionais bem sucedidos. Eu também: escolhi uma foto do Papa! Dá para dizer que ele não foi um profissional bem sucedido? Mas acho que não entenderam muito bem o que eu quis dizer e eu não passei na dinâmica rsrsrsrs…. Isso foi há muitos anos. Acho que eu já sentia lá no fundinho que um dia teria que usá-lo como fonte de inspiração… 😉
Bia
26 de outubro de 2012 @ 21:57
Helo, vc estah linda!!!! Fico feliz por te ver tao bem!!!!!! E que delicia d viagem!!!!
Beijao!!!!!
Bia Costa
HELOISA GOMES
29 de outubro de 2012 @ 21:04
Oi Helô!!!
Viu o que DEUS nos reserva de vez em quando?. Pois é, você é merecedora de todas as coisas boas que te acontecem a cada novo dia, e uma viagem dessa!!! Nossa sou louca para conhecer Roma também, você só me deixou com mais vontade ainda, que delícia de lugar!!! E curtir cada lugar ao lado de quem amamos, não tem preço. Aproveite sempre. VIVER é AMAR, VIAJAR, CURTIR, Enfim… SER FELIZ A CADA DIA, SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE… Valeu, por compartilhar conosco de momentos tão maravilhosos e únicos, não é?. Cada canto tem sua beleza, e seu momento especial na descoberta de tudo… Fica com Deus.
Um beijão
Helô Gomes
(Garanhuns/PE)