Toscana: parte II
Bom, como eu disse, quebrei a ordem cronológica para falar do Papa e agora vou voltar um poquinho no tempo para contar mas sobre a Toscana.
O primeiro dia que passamos lá foi um domingo. Ficaríamos até terça, quando partiríamos para Roma, a 370 km de distância. Por isso, tínhamos que decidir que cidades da Toscana visitar. Acreditem, não é tarefa das mais fáceis: Lucca, Pisa, Siena, Florença, San Giminiano…. O tempo é pouco. Florença era indiscutível. Como Siena e San Giminiano ficam no caminho para Roma, optamos por Lucca. Lá fomos nós, com o nosso Cinquecento. Lucca é uma cidade bonitinha, mas não tem tanto o que se fazer por lá. Subimos na torre mais alta da cidade, como não poderia deixar de ser: vocês já perceberam que adoramos admirar as paisagens! A vista era deslumbrante. Fora isso vimos alguns pontos importantes e só. Mas eu achei o máximo que estava tendo uma exposição do David Lachapelle, um renomado fotógrafo, já ouviram falar dele? Se não, vale a pena dar uma pesquisada. Achei genial! O trabalho dele é realmente diferente de tudo que se vê por aí, com certeza o nome dele ficará marcado. Ele contesta a sociedade, contesta o mediano, critica a futilidade ao mesmo tempo que usa celebridades para fazer suas fotos. Além de Michael Jackson, Lady Gaga e Paris Hilton, tinha várias fotos da Gisele e da Ana Cláudia Michels (para quem não conhece, é uma super top brasileira). Ver uma exposição tão moderna numa cidade tão antiga foi uma experiência e tanto!
Depois de tudo almoçamos e começou a chover. Decidimos não passar por Pisa. Várias pessoas nos disseram que a única coisa a se ver por lá era a torre de Pisa e, como estávamos muito cansados, optamos por poupar nossas energias para Florença, no dia seguinte. Antes de sair da cidade, tínhamos que abastecer o carro. Aí começaram as trapalhadas!!! Aos domingos, a maioria dos postos funciona com sistema de “self service”: você mesmo paga numa máquina, escolhe a bomba e abastece sozinho. O posto fica sem nenhum funcionário. Meu querido maridinho foi colocando 50 euros na máquina (era bem avisado que ela não devolvia troco). Pergunta se a gente conseguiu abastecer??? Claro que não! E conseguimos pegar o dinheiro de volta? Claro que não! Pedimos ajuda, tentamos de todas as maneiras e… nada. A máquina estava com defeito. Pegamos um recibo e saímos muito bravos. Para conseguirmos esse dinheiro de volta teríamos que voltar lá no dia seguinte, o que sinceramente não estávamos dispostos a fazer. Lucca fica no caminho oposto de Florença! Acabamos dando esse recibo para o concièrge do hotel, que deve ter ficado feliz com a gorjeta rsrsrs….
Mas não termina por aí! O GPS dava uma saída que estava em reforma, ou seja, não conseguíamos sair por lá. Começamos a dar voltas e mais voltas tentando voltar para Montecatini, onde estávamos hospedados. Rodamos, rodamos e rodamos e não conseguíamos encontrar a saída. Uma hora, o GPS deu uma direção que parecia muito estranha, mas resolvemos tentar. Afinal, perdido por perdido dá tudo na mesma. Caímos dentro da casa de uma senhora que, juro, devia ter quase 100 anos! Na verdade menos, mas ela deve ter fumado muito. A pele dela era tão fina e enrrugada que enquanto ela gesticulava e falava com os seus alicates de jardim na mão eu me perguntava se ela realmente existia! Até hoje a gente não sabe se o sorriso dela era de simpatia ou de braveza, ironizando porque obviamente a autoestrada não era dentro da casa dela! Ela falava, falava e falava, tão rápido… Eu só balançava a cabeça, dizendo: “ok, ok, grazie mille!” Kkkkkk…. Curiosamente, quando saímos de lá, eu não entendi nada e o Marcelo entendeu tudo. Conseguimos pegar a estrada, ufa! Sério, não sei como o Marcelo entendeu o que ela falou! O pai dele devia falar italiano com ele e ele nem se lembra – conscientemente – disso. A família do pai dele é de Rapallo, pertinho de Portofino. Imagina, um Fuganti Albertotti deve entender alguma coisa de italiano, né?
Calma, ainda não acabou! Montecatini é tipo Serra Negra, uma cidade que fica lotada aos finais de semana, com todo o pessoal da região. Quando chegamso lá, já cansados de tanta confusão, as ruas estavam todas fechadas para carros, para que as pessoas pudessem andar tranquilamente pelo centro da cidade turística. Rodamos, rodamos, rodamos e não conseguíamos chegar ao hotel. Saímos de Lucca às 15h e conseguimos chegar no hotel às 17h40, sendo que são 40km de uma cidade à outra. O Marcelo ficou tão bravo! É muito difícil vê-lo assim! Fiquei bem mudinha rrsrsrs…. Pelo menos deu tempo de aproveitarmos um pouco o spa do hotel, que tinha uma sauna maravilhosa, com aromaterapia e cromoterapia, música, piscina aquecida…. Só assim para descarregar a tensão desse fim de dia tumultuado!!!
Hoje é nossa última noite em Roma e depois, São Paulo! Mas vou manter a ordem cronológica e vou contando por partes…. Beijos!
marina
23 de outubro de 2012 @ 23:50
horrivel esse lugar ,,,minha familia foi e nao gostou, pois o pov europeu, nao dao a minima pra os latinos…nojo.
Heloisa Orsolini
24 de outubro de 2012 @ 11:45
Marina, tudo bem?
Verdade que eles não gostaram?
Na Itália realmente eles não tratam ninguém muito bem (com algumas exceções de pessoas super gentis), não é só os latinos não. A impressão é que eles estão sempre loucos para ir embora para casa.
Já em outros lugares da Europa em que estive, como Alemanha e França, eles são super gentis e adoram os brasileiros.
Bjss