Só para terminar a história, depois do diagnóstico da biópsia a céu aberto fiquei esperando alguns resultados para fazer a primeira quimioterapia. Tive que fazer mais duas biópsias: de medula óssea e de líquor. A de medula é assim: eles anestesiam (ufa) e, com uma agulha grossa, raspam um pedacinho do osso (no meu caso foi naquelas covinhas das costas, na lombar, sabe?), para ver se o linfoma está lá também. Como eu já contei, o meu não estava. E a de líquor é sem anestesia: tem que ficar em posição fetal e, com uma agulha, eles vão até a medula espinhal e tiram um pouco do líquido, já aproveitando para injetar uma quimio profilática, para prevenir a contaminação do sistema nervoso central. Apesar de ser sem anestesia, nem doeu, foi só “uma picadinha” (a frase que eu mais ouvi nos últimos meses rsrsrsrs). E, finalmente, no dia 22 de dezembro foi minha primeira quimioterapia. Além de já ser uma coisa psicologicamente cansativa, eu resolvi cortar o cabelo nesse dia. Para mim, cortar foi mais difícil do que raspar, apesar de eu não ter chorado nem nada assim… Mas foi um “estresse psicológico”.
A primeira quimio tem que ser feita devagar, por causa do Mabthera. Não vou ficar explicando aqui sobre ele, afinal o Google faz isso bem melhor que eu, mas o que eu digo é que ele pode dar um montão de efeitos colaterais. Então tem que ser infundido devagar para observar: se der algum efeito, já dá o “antídoto” na hora. Graças a Deus correu tudo muito bem: o que poderia ter demorado até 13 horas demorou umas 6 horas. Mas… o efeito veio depois! Passadas umas duas horas do final da quimio, estava com o Marcelo, minha mãe e meus irmãos no quarto e comecei a sentir muito cansaço e frio… comecei a tremer muito, inteira. Tinha espasmos musculares super fortes, parecia uma convulsão. Todos ficaram desesperados, chamaram a enfermagem, que chegou com um carrinho cheio de equipamentos para descobrir o que era. Dessa vez eu não tinha sido internada no andar da oncologia e optei por não mudar para lá assim que veio o diagnóstico (muita trabalheira), mas os médicos disseram que se eu estivesse lá eles já saberiam que essa era uma reação esperada do Mabthera e teriam resolvido mais rápido. Acho que essa foi a parte mais “dramática” do meu tratamento até agora, eu tremia e chorava e os quatro com aquelas carinhas de desespero, sem saber o que fazer, acho que pensando: “por que isso está acontecendo com ela?”.
O Marcelo sentou na cama e me abraçou e, por incrível que pareça, eu melhorei na hora. Ele levantou e eu comecei a tremer de novo. Então, ele deitou do meu lado e ficou me abraçando até passar. Olha como o amor é lindo rsrsrsr… Enquanto isso os enfermeiros deram o remédio certo que fez passar de vez esse efeito e, no fim, eu dormi bem e acordei bem no dia seguinte. Desse dia em diante eu não tive mais nenhum efeito colateral por causa desse bendito Mabthera… Aliás, eu acho que a minha reação não foi só por causa dele, mas por todo o estresse emocional da situação. E eu saí do hospital no dia 24 de dezembro, às 14h, bem em cima da hora para fazer um Natal em casa! Que acabou sendo bem gostoso, vejam as fotos…
Raquel Justo
26 de fevereiro de 2012 @ 16:53
Oi Helo… Vou cantar aquela musiquinha pra vc ” Nossa … Assim vc me mata…!!!kkkkkkkkk torco muito por vc ,vc esta sempre em minhas oracoes e na cx do Deus Provera do pe Edvaldo. Leio sempre os seus post para o meu marido e as vezes tenho que dar aquela paradinha pois a voz some, sabe!!! kkkkkk bjs fique com Deus Raquel Cervellini Cosentino Justo
Heloísa Orsolini Albertotti
26 de fevereiro de 2012 @ 17:34
Kkkkkk, obrigada!!!!!!! Sei bem como é quando a voz some rsrsrsr, acontece direto comigo hahaha, principalmente quando vou ler os comentários para o Marcelo!!!
Beijosss, obrigada pelas orações e pelo carinho!!!
Anonymous
26 de fevereiro de 2012 @ 17:02
Vou confessar Helo: eu como uma libriana mega romântica, chorei quando li a parte em que tu relatou que quando o Marcelo te abraçou e tu melhorou na hora! Ahhh o amor! Esse é o bem maior! É maravilhoso amarmos e sermos amadas!
Bjo,
Paula Bonamigo
Heloísa Orsolini Albertotti
26 de fevereiro de 2012 @ 17:33
Foi impressionante, confesso! Rsrsrsr… É o que vale na vida, né?
Beijosss
Paula Pirola
26 de fevereiro de 2012 @ 19:06
Fiquei emocionada em ler seu inicio de tratamento!Como você e forte e corajosa!Lindo saber que este meu amigo de infância Marcelo te ama tanto e esta sendo um ótimo cuidador.Quando vier para Londrina e se quiser conhecer a Ong Viver(casa de apoio as crianças com câncer) Te levo,ok!!Que Deus continue abençoando você e sua família.Bjos Paula
Heloísa Orsolini Albertotti
26 de fevereiro de 2012 @ 19:24
Lógico! Vai ser um prazer!
Beijossss
Léo Ranali
26 de fevereiro de 2012 @ 19:31
Helo, com certeza esses capítulos ficarão registrados como parte da vida de vocês. Impossível não se emocionar com os detalhes e assim nossas orações ficam mais fervorosas! Se até eu penso “por que ela está passando por isso”, imagino as pessoas que estão a sua volta! Força p essa equipe toda que te ama e luta com vc! Bjs – Karen
Heloísa Orsolini Albertotti
27 de fevereiro de 2012 @ 10:53
Oi Karen! Td bem?
Pois é, às vezes é melhor nem pensar nisso né? Acho que não existem motivos… Obrigada pelo carinho!
Bjsss
Gabriela Yamane
27 de fevereiro de 2012 @ 02:01
Heloísa! Tenho acompanhado teu blog quase todo dia desde que vi a Dolores seguindo. Ate te deixei uma mensagem uma vez no face…não sei se você recebeu. Mas enfim, estou passando por uma situação semelhante (mas o meu é mama!) e sei como o tratamento é feito de altos e baixos! Mas fico feliz em ver que você esta aproveitando os altos, e deixando os baixos laaaaaa no chinelo com tanta voa vontade e coragem! Força aí menina! Você não esta sozinha! E quando vier a londrina, marque uma tarde de autógrafos pois você já tem muitas seguidoras por aqui!! Com carinho…
Heloísa Orsolini Albertotti
27 de fevereiro de 2012 @ 11:05
Oi Gabriela! Td bem???
Não recebi sua msg no face! Eu respondo todas que recebo, se não te respondi é pq não devo ter recebido mesmo…
Hahahah, sério que tenho seguidoras por aí? Eba!
Bom, pelo que vc me contou, vc sabe bem como esse período é chato, né? Mas vamos que vamos, é o que tem pra hoje!!!! Rsrsr…
Beijosss
Adri Iász
27 de fevereiro de 2012 @ 15:09
Helô,
como vc é linda, uma guerreira e que família espetacular tem ao seu lado. Bom, não poderia ser diferente, basta ver você: amor, luz e fé em pessoa! Você é uma VENCEDORA!!!
Adri
Heloísa Orsolini Albertotti
27 de fevereiro de 2012 @ 17:49
Oi Adri! Já estava com saudade dos seus comentários kkkk!!!!
Minha família realmente é TUDO! Hehehe, sem eles eu não estaria onde estou, com certeza!
Obrigada pelo carinho, querida! Manda um beijo apertado nos seus filhos lindossssss!!!!
Bjss
Raquel Lourenço de Lima
1 de março de 2012 @ 01:54
Oi Helô, fui procurar no google o que era a mabtjera, olha o que achei, bem interessante o blog, ela venceu a luta contra o câncer http://victoriaparente.blogspot.com/2010/01/minha-mabthera.html
bjs Raquel
Heloísa Orsolini Albertotti
1 de março de 2012 @ 11:02
Oi Raquel! Muito legal o blog dela, obrigada pela dica! Já li várias coisas e vou continuar! Bjss